3. Afinal, quem são os pais de Arthur Fleck?




Warner Bros.
Em uma de suas várias reviravoltas, o filme nos dá a entender que a mãe de Arthur, Penny (Frances Conroy) criou toda uma ilusão sobre a antiga relação dela com Thomas Wayne (Brett Cullen). Na cabeça dela, Arthur foi o fruto de um relacionamento amoroso que ela teve com o bilionário, então seu chefe quando ela trabalhava como criada na Mansão Wayne. Só que um boletim médico do Hospital Arkham revela que ela sofria de doenças mentais e que, na verdade Arthur, foi adotado por Penny, além de sofrer abusos físicos do pai adotivo (que nunca vemos quem é). A relação de Penny Fleck e Thomas Wayne, portanto, teria acontecido somente na imaginação dela.
Mas é preciso ter parcimônia ao analisarmos essa versão da história, porque devemos lembrar que Arthur não é um narrador confiável, e que diversas das cenas que tratamos como verdadeiras aconteceram apenas na cabeça do protagonista. Levando por esse lado, será que o flashback que mostra a mãe sendo interrogada aconteceu da maneira que o filme nos mostra? Mais ainda: será que essa versão "oficial" sobre Penny não seria o resultado de um grande complô comandado por Thomas Wayne, para questionar a sanidade dela e encobrir o relacionamento deles -- e o filho que teria nascido disso? Essa teoria ganha força com uma cena nos instantes finais, que mostra o verso de uma fotografia da jovem Penny. A frase “Adoro seu sorriso, T.W.” parece suspeita demais para uma simples relação entre chefe e funcionária. 
Se a versão da história de Penny fosse a verdadeira, isso faria do Coringa o meio-irmão mais velho do futuro Batman. Só que Penny e Thomas estão mortos, então jamais teremos uma resposta absoluta mesmo que o tema volte a ser mencionado em possíveis filmes futuros.

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